Foram apresentadas hoje no X Summit de Tokyo duas novidades que já se previam para completar a oferta apresentada no ano de 2022, nomeadamente a lente XF30mmF2.8 e a X-T5.

A substituta da antecessora X-T4 segue a linhagem em termos de usabilidade, robustez e público alvo, atualizada com a quinta geração de sensores e processadores, introduzidos este ano através da X-H2S e X-H2.

Das características técnicas deste novo processador destaco o processamento dedicado ao sistema de autofocus, incrementando significativamente as capacidade de foco da X-T5 relativamente ao modelo anterior a X-T4.

Em combinação com o firmware da X-T5, esta câmara ganhou significativamente em velocidade de foco e não só, a utilização de AI permitiu reconhecer com maior fiabilidade o rosto humano mas também outros elementos como animais domésticos, viaturas, motas e bicicletas entre outros, assim como garantir um melhor tracking dos mesmos.

Dotada de um sensor X-Trans 5HR BSI de 40,2MP, alia velocidade com resolução, permitindo um disparo contínuo de 15fps em obturador mecânico e 20fps em obturador eletrónico com recurso a todo o processamento de foco acima descrito. Sem dúvida esta melhoria coloca a X-T5 num novo patamar em termos de fotografia de desporto.

Ainda em termos de sensor, destaco a nova velocidade de obturação electrónica de 1/180000, permitindo fotografar em exterior com grandes aberturas sem recurso a filtros de densidade neutra. Mas onde vão sentir uma diferença enorme é no viewfinder com um ângulo de visão e detalhe bastante melhorados.

Mais compacta e com menos 50 gramas que a sua antecessora, a usabilidade e velocidade de configuração mantêm-se inalterada tendo aumentado ligeiramente o diâmetro da dial de compensação. No topo da câmara mantiveram-se as três dials de ISO, velocidade de obturação e compensação, as dials frontal e traseira que podem ser configuradas para abertura, ISO e obturação e mantiveram a funcionalidade de botão entretanto retirada na X-H2s.

A traseira também sofreu poucas alterações, manteve o four pad à volta do botão de menu, o joystick e restantes botões AF/AE, menu de acesso rápido Q entre outros e sofre apenas uma alteração, mais concretamente no LCD, que ganhou mais definição de 1.62MP para 1.84MP e que retorna ao movimento em 3 eixos, semelhante à X-T3.

A câmara não sofre modificações no que toca aos cartões de memória, mantido a dupla slot de cartões SD UHS II.

Do lado esquerdo também não houve alterações em termos de interface, mantendo as entradas de microfone, remote, USB-C para tethering, ligação ao computador e carga, assim como a saída HDMI micro (tipo D). Uma novidade para os utilizadores dos modelos anteriores é a adição de um novo menu dedicado à conectividade, tanto de rede, bluetooth como USB. 

Os restantes menus não sofreram alteração, apenas a adição de algumas funcionalidades novas ou alteração dos parâmetros de acordo com as novas funcionalidades da câmara. O smooth skin, aplicável ao ficheiro jpeg ou HEIC é uma dessas novidades.

Um funcionalidade nova e que já existia das câmaras de medio formato e nas X-H mais recentes é a tecnologia Pixel Shift, onde através da deslocação do sensor são tiradas quatro fotografias que uma vez combinadas num único ficheiro, permite obter imagens com 160MP, ideal para fotografia de peças de arte.

No que toca ao vídeo, estamos muito bem servidos com estabilização interna (IBIS), um sensor capaz de gravar a 6.2K e 4K HQ a 30fps em 4:2:2 10bit. Para quem fizer color grading com o F-Log 2 temos um dynamic range de até 13 stops tirando o máximo potencial da qualidade de imagem. O HDMI out da câmara permite gravar em ProRes RAW 12bit para um gravador externo, tanto Apple Pro Res como Blackmagic RAW.

Em resumo temos uma câmara que responde às necessidades do fotógrafo nas condições mais extremas, sejam condições atmosféricas ao ser selada e estanque à humidade e pó como esta série nos tem acostumado, sejam pela mobilidade sendo uma mirrorless de 557gramas aliada a uma gama de lentes de pequena dimensão, sejam de condições de luz com um sensor retro iluminado mais sensível à pouca luz e com pouco ruído, seja pelas condições erráticas do motivo a ser fotografado com um sistema de auto-focus de alta performance.  

Disponível no mercado à partir do dia 17 de Novembro, será comercializada em três packs, corpo 1999eur, em kit com a XF18-55mm a 2399eur e com a XF16-80mm a 2499eur.

Ainda não tive oportunidade de testar a lente, mas pela documentação oficial trata-se de uma 30mm (equivalente a uma 46mm em 35mm), abertura máxima de f/2.8, com uma ampliação de 1:1 e uma distância mínima de foco de 10cm. Bastante curioso para testar esta lente, trata-se de uma distância focal versátil, uma abertura rápida o que deve proporcionar um excelente bokeh, constituída por 11 elementos em 9 grupos deve ter uma boa nitidez e zero aberração cromática.