Hoje foi o lançamento mundial da B10, a nova cabeça de flash portátil da Profoto, apresentada pelo Eduardo Lima da Colorfoto e o fotógrafo João Carlos, na Academia Colorfoto.

Muitos (entre os quais eu) procuravam uma cabeça portátil que não tivesse tanta potencia com as B1 e B1X, mas que fosse mais portátil que a B2, para poder levar na mochila da câmara. Mesmo sendo um fã da B1 desde que foi lançada, sentia falta de algumas melhorias que estão presentes na nova B10.

MEDIDAS

Com metade do peso da B1X, 1,5 kgs e apenas 17 x 15 x 10 cms, a cabeça é pouco maior que uma Nikon 24-70, apenas é mais larga para manter a compatibilidade com os modificadores da Profoto. Ao contrário do A1, esta cabeça permite tirar partido do investimento já realizado em modificadores, os Rfi que tanto gosto, OCF e sombrinhas e aos quais já estou habituado a retirar os resultados que procuro.

ESPECIFICAÇÕES

Com uma potência de 250 W, com uma amplitude de 10 f-stops, tanto em modo normal como HSS e uma capacidade de 400 disparos, apresenta dois pormenores que fazem toda a diferença neste modelo, face aos modelos B1/B1X, nomeadamente a luz contínua e o transformador.

BATERIAS

Ao contrário dos modelos B1/B1X, dotados de bateria e um carregador de baterias, o que me obrigou de imediato a adquirir duas baterías, que já seria necessário para os trabalhos em exterior, era uma necessidade também em interior com acesso a tomadas. A necessidade de trabalhar com baterias, o respetivo desgaste, o peso no transporte e a necessidade de estar a verificar o respetivo estado de carga eras preocupações desnecessárias.

Os 400 disparos das especificações falam em potência máxima (tenho as minhas reservas) e sem recurso à modelagem. Para quem gosta de trabalhar com grandes aberturas e em exterior, acabamos por possivelmente chegar a esses valores.

O B10 conta com um carregador que pode ser utilizado para operar diretamente a cabeça sem recurso a baterias, e inclusive operar diretamente e carregar uma bateria em paralelo. Maravilha Profoto!

Para quem não está a par, a bateria da B1 conta com 300 ciclos de esperança de vida, o que utilizada em interior, irrita por ser desnecessário.

LUZ CONTÍNUA

Ora, aqui chegamos a um ponto onde, operando a B1 da única forma possível, através do uso de baterias, tinha pânico do consumo da luz de modelagem. Aqui temos uma novidade importante, uma melhoria significativa no recurso a LED, com a possibilidade de controlar a temperatura de cor dos 3000 aos 6500 k, com um CRI sempre acima dos 90, entre os 90 e os 96 para as temperaturas de cor citadas respetivamente.

Para quem não está familiarizado com a media CRI - color rendering index, é uma medida de 0 a 100 que quantifica a qualidade da luz emitida, garantindo a precisão na captura das cores dos objetos, comparada com a utilização de luz natural. 

Se juntarmos a isto o transformador ligado à corrente, deixando de ser poupado na luz de modelagem em interior, apesar das especificações falarem em até 75 minutos com uma bateria, e a necessidade crescente que tenho de captar pequenos discursos em vídeo, em conjunto com os retratos que faço para Os Retratistas, esta cabeça torna-se num híbrido de foto/vídeo perfeito.

BLA BLA BLA

Não quero ser aquele geek chato a trazer à baila outras mil e uma coisas que a cabeça faz, seja o controlo da B10 via app de iPhone, malinha pipi e o adaptador de tripé com suporte para...

E ENTÃO O A1?

É uma pergunta legítima, que todos fazem quando a Profoto fala no novo e pequenino B10. Então e agora, vão descontinuar o A1? A não ser que me expliquem como podem colocar um B10 na sapata da câmara para eventos ou levar na bagagem de bordo 3 B1X para fazer uma sessão em S. Miguel, acho que ainda vai continuar por aqui. E não, por favor não digam que o A1 é um speedlight. 

FAMÍLIA PROFOTO

Para quem está familiarizado com esta parte, pode parar por aqui, para quem não está e acredita que a Profoto é tem um investimento elevado ou simplesmente nunca aprofundou, acho que vale a pena continuar a leitura.

Já tive cabeças de várias marcas, com bateria, sem, flashes e modificadores com fartura. Dei por mim no início a perder muito tempo no Adobe Lightroom a retificar a inconsistência da iluminação das cabeças. Optei por evoluir para modelos/marcas melhores, novos modificadores, incompatibilidades com as anteriores, fosse no encaixe, temperatura de cor ou tempos de reciclagem.

A aposta na Profoto permite-me hoje contar com uma família de produtos que se complementa, podem trabalhar em conjunto, com as diversas marcas de máquinas que utilizo, com uma consistência invejável.