Apaixonado pelo medio formato, nunca deixei de trabalhar com a Hasselblad 500CM e com a prenda dos meus 40 anos, a Mamiya RZ67, ambas utilizadas apenas com rolo, sem recurso a um back digital.

A minha paixão pelo médio formato é bastante simples, graças a um sensor de dimensões maiores que o full Frame e já nem falo do APS-C, temos uma alteração profunda na profundidade de campo e no detalhe da imagem, onde não contam apenas os megapixels da câmara, mas a definição para preencher esses megapixels.

Há cerca de um ano tive a primeira experiência com o médio formato da Fuji, numa sessão:

Não havia dúvidas que a GFX50s permitia obter todos os benefícios do medio formato no digital, 51,4 megapixels com um riqueza de detalhe maravilhosa, resistente a poeira e a água, permite a sua utilização nos mais diversos cenários.

Seja como for, a nível profissional, quer através do trabalho que realizo em www.paustorch.com como em www.osretratistas.com tinha dois grandes problemas em migrar para este formato: o tamanho e respetivo peso do equipamento e o preço. Por muitas voltas que desse no business plan e preços de praticados no mercado, não via forma de rentabilizar o investimento no médio formato. 

A Fujifilm e a Hasselblad introduziram no mercado as primeiras mirrorless de médio formato, nomeadamente a GFX50s e a X1D, permitindo ultrapassar as duas questões acima identificadas, sendo de tamanhos reduzidos, o mesmo se aplica o investimento. Importante salientar que o investimento na Fuji é de 2/3 em relação ao da Hasselblad.

Se comparar a minha Nikon D800 com a GFX50s, começamos com menos 200 gramas na segunda, as medidas mais ou menos as mesmas e com um sensor com 15 megapixels, mas o mais importante, com maior detalhe e profundidade de campo.

Agora que já era viável entrar neste formato de cabeça ficava a questão, Hasselblad ou Fuji? A Fuji não é nenhuma novata neste formato, já tem um historial enorme no médio formato e no mirrorless tem apresentado melhorias substanciais de máquina para máquina. Tendo começado a trabalhar com a X-T1,  fiquei maravilhado com o upgrade para a X-T2, que estou em vias de trocar pela X-H1, reaproveitando a gama de objetivas, cada vez maior.

Se já tinha confiança na Fuji, apesar da câmara ser recente, outro fator para fazer esta escolha foi a aposta na investigação, através da qual já contam com uma linha de objetivas interessante, a linha GFX: a GF23mmF4 R LM WR, a GF45mmF2.8 R WR, a GF63mmF2.8 R WR, a zoom GF32-64mmF4 R LM WR e mais uma GF110mmF2 R LM WR e uma GF120mmF4 Macro R LM OIS WR.

Deixo um pequeno exemplo de uma imagem que produzi o ano passado com a GFX50s para o projecto www.asuaprocura.com e o respetivo zoom.

Para os mais cépticos deixo números http://cameradecision.com/compare/Fujifilm-GFX-50S-vs-Hasselblad-X1D